Como você se vê?
Será que você é mais criativo ou inovador(a) no seu trabalho?
Quer saber o que eu acho?
Antes vamos só distinguir uma coisa da outra, ok?
Bem, eu vou falar do que eu vi muito acontecer em minha jornada nas empresas e que pode muito ter a ver com você.
Se você é criativo(a) ( e eu tenho certeza que de algum modo você é!!!), você cria mentalmente ideias novas para melhorar o seu trabalho.
Mas veja, ter ideias novas equivale a ter criatividade, mas se estas ficam presas a sua mente, ainda não são um produto ou serviço.
E aqui está o ponto: se, por alguma razão, você não põe em prática as suas ideias, ainda não chega a ser um inovador (a).
Percebeu a diferença? A diferença está em transformar ideias em algo viável. Está no fazer acontecer!!!
Bem, em termos de conceitos vamos parar por aqui.
Você já me conhece e sabe que quando eu trago qualquer tema, eu faço rápidas abstrações, mas logo aterrisso porque o meu propósito sempre será o de priorizar você.
Quer ver como criatividade e inovação tem a ver com você?
Veja, é comum você se questionar sobre o quanto você está suficientemente motivado (a) com o seu trabalho no dia a dia?
Eu arrisco afirmar que sim porque vi muito isso acontecer com as pessoas em minha trajetória nas empresas.
Mas devemos nos perguntar agora:
O que faria você assumir uma atitude de total motivação e engajamento ao seu trabalho que fosse libertando a sua criatividade e a inovação?
Eu fico preocupado que você me abandone agora dizendo: Bem Jfrancisco, eu estou achando esse papo por demais utópico! Isso é coisa de empreendedor, nada a ver comigo!!!
Mas espere, espere! Tudo bem, essa reação é mais frequente do que você pensa.
E vou dizer mais: é por isso mesmo que esse post é para você, que é um intra-empreendedor.
Confundiu-se com esse termo, não é?
Tudo bem! Olha, é um conceito recente mesmo. Foi mencionado pela primeira vez em 1985, nos EUA por um tal de Gifford Pinchot.
Surgia então o ”intrapreneur” que é o empreendedor interno nas organizações.
Mas quer saber rapidamente porque tem tudo a ver com você?
Bem, o intra-empreendedor é aquele que nunca está satisfeito com as coisas dentro das organizações. (Assim como você???).
Mas a palavra insatisfeito tem o sentido de “querer transformar” e é positivo, você vai ver.
Perceba, o(a) intraempreendedor (a) é automotivado (a), incansável e se sente como se fosse o dono da empresa em que trabalha.
Está sempre atrás de uma maneira melhor de fazer as coisas acontecerem para si e para os outros.
E você vai concordar comigo que aqui está um alinhamento total com você, não é?
Isso porque eu também aposto que o seu propósito é o de ter em alta a sua motivação para alcançar um melhor desempenho.
E eu acho muito natural, que você também sonhe em ser muito reconhecido por isso.
Viu agora porque eu disse que o post era para você?
Pois é, como você pensou que, ser criativo e inovador era coisa de empreendedores, a primeira similaridade que você tem com eles é a de reconhecer que você é sim, um intraempreendedor.
Então você irá começar a se sentir com um novo mindset ( ou nova mentalidade) em seu trabalho.
Comece a se conscientizar que é: o dono(a) do seu negócio; criativo(a) sim(!) e que pode descobrir meios de aplicar as suas ideias, sendo assim também, um(a) inovador (a).
E isso são coisas do perfil empreendedor que talvez até hoje, você achasse que seria usurpação se apropriar delas.
Não vou estender, mas o nosso modelo educacional não nos preparou para sermos empreendedores (as) dentro das organizações.
A minha e a sua escola privilegiaram – por anos a fio – os alunos que soubessem melhor seguir modelos. Éramos parabenizados com notas boas por decorarmos conceitos e seguirmos gabaritos prontos.
Mais tarde na universidade somos orientados(as) a olharmos para os concorrentes.
E vou chocar você agora, mas garanto que é para o bem.
Você vai perceber que cuidar dos concorrentes é uma abstração quase sem sentido para sua carreira.
Quer saber o porquê? Quantas vezes a prática de combatê-los trouxe impactos criativos para o seu desempenho como profissional?
E agora quero que você se conscientize mesmo: a nossa verdadeira luta não é contra concorrentes, mas contra nossas próprias crenças.
O que queremos mesmo mudar são os modelos empresariais engessados que confinam nossa conduta para que aos poucos libertemos nossa criatividade.
E só você pode enfrentar e vencer essa batalha com você mesmo (a) e com o meio em que você trabalha e vive.
Agora sim, podemos concluir: é por isso que muitas vezes você se vê insatisfeito.
É que a sua expectativa natural por expressar a sua criatividade e em ser reconhecido (a) não encontra o meio e uma maneira de se revelar.
Portanto, vamos concluir juntos?
Você é criativo, mas o que insatisfaz você é não chegar a ser inovador.
E aqui voltamos a focar no que o intra-empreendedorismo tem a ver com você.
Será um passo enoooormee (!!) para você, se conscientizar de que a forma de pensar dos empreendedores mais criativos não estão tão distantes de você.
Creia, não há nada de genialidade neles. Há muita coragem, obstinação e trabalho duro.
Como para os empreendedores a criatividade e a inovação caminham lado a lado a sua primeira ação deve ser começar a “pensar fora da caixa”. E sei que isso nem sempre tem sido permitido a você.
Mas a minha orientação aqui é que você comece com “pouquinhos constantes” que é como as coisas começam a acontecer e nunca mais deixe de pensar assim.
Não é atoa que a pesquisa State of Create, realizada pela Adobe aponta também nessa mesma direção.
Ela revelou que quem se considera criativo é mais propenso a se ver como inovador, mas também ( veja que bacana!!!), se acha mais confiante e feliz.
E como se não bastasse, as pessoas que se identificam como criativas têm uma renda 13% maior que as outras.
A pesquisa também indicou que reconhecer a importância da inovação para o processo empreendedor é o primeiro passo para que você se diferencie.
Entre os criativos, 46% afirmaram isso, contra 15% dos “não criativos”.
E esses são ótimos motivos para você começar a mudar daqui para a frente, com certeza.
Bem, mas vamos imaginar que você ainda se pegue dizendo para si:
“Não me acho criativo, e agora?”
Bem, há novidades da ciência para você. A criatividade é um talento que algumas pessoas nascem com ela (que sorte!), mas veja que notícia boa:
é possível desenvolvê-la a partir de experiências bem simples.
Vamos dar uma olhadinha em como fazer?
Acompanhe-me nesses 5 passos muito simples:
1- Inclua novas experiências em sua rotina
Sair da zona de conforto é o primeiro passo para estimular e treinar uma mente criativa. Isso não quer dizer que você deva se obrigar a criar algo totalmente novo. Absolutamente!
Experimente combinar coisas ou processos já existentes que passem a ter um novo valor para alguém. Lembre-se sempre: a inovação está ligada a uma mudança que se é aplicada, melhora a vida de alguém.
Ideias surgem no ler livros; conversar com pessoas de diferentes áreas; no viajar mais; no frequentar novos ambientes; em adotar novos hobbies; dentre outras que ajudarão você a quebrar velhos hábitos.
É comum se dizer que pessoas que tem sempre os mesmos inputs, terão também como resultado os mesmos outputs. E isso é uma grande verdade!!!
Será ótimo para você adotar uma dinâmica maior a sua vida profissional e assumir um mindset de aprendizagem contínuo, revendo tudo o que você faz e a forma como faz.
2- Seja curioso
É principalmente daí que surgem as ideias “fora da caixa”. Faça mais perguntas e combine ideias gerais com as suas. Segundo Steve Jobs, ” a criatividade é apenas ligar as coisas”.
Quanto mais você buscar pessoas, lugares e assuntos diferentes é muito mais provável ter novas ideias e você pode associá-las. Faça disso um hábito!
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3- Aposte num plano, mas resumido numa folha de papel
Muito utilizada, a técnica consiste em escrever todas as alternativas relacionadas ao que você deseja.
Tangibilize suas idéias porque talvez você não saiba, mas emergem infinitas possibilidades com um papel em branco e uma caneta a sua frente.
Você pode descrever como resolveria um problemas interno ou de clientes, como pode melhorar ou criar um novo processo ou como pode ser um agente de mudança na organização.
O mesmo vale para que seu plano de desenvolvimento pessoal e profissional de médio e longo prazo não fiquem esquecidos dentro de sua cabeça.
Tenha sempre um papel a seu lado, escreva a seu modo ( não precisa mostrar para ninguém!!!) e não tenha pressa.
Siga um método simples de 4 passos:
1- Defina o que você quer resolver;
2- Junte muitas informações…e mais informações sobre aquele assunto;
3- Deixe agora um pouco de lado e saia. Vá passear, fazer outras coisas. (Domenico de Masi chama essa fase de Ócio Criativo)….
4- Agora mão na massa! Faça! e aqui podem acontecer muitos erros e pode haver a necesssidade de você voltar ao início e recomeçar o processo, á partir de uma nova perspectiva.
Não tenha dúvidas, as ideias virão, com certeza. Vá anotando e aprimorando-as.
4- Mantenha visíveis suas ideias
Quantas vezes você anotou uma ideia brilhante e semanas depois esqueceu-se delas só revendo-a muito mais tarde, quando já se foi o timing?
Isso é mais frequente do que você pensa. É só ficar atento aos papos informais quando as pessoas dizem: “se eu tivesse feito”, “se eu tivesse dado atenção” …
Comum, não é?
Assim, esqueça aquela imagem gênios desorganizados. Afinal, como você irá se lembrar de uma ideia brilhante em meio ao caos?
É importante colocá-las em ordem e sempre visíveis para não serem esquecidas. Não deixe nada escapar.
5- Não tenha medo de se arriscar e errar
Essa é, talvez, a dica mais importante e que mais se relaciona à importância da inovação no processo empreendedor e intra-empreendedor.
Comece a desconfiar de muitos modelos prontos, foque no que você deseja realizar e pense em alternativas para conquistar melhores resultados.
Mesmo que, dê início, elas pareçam não funcionar e encontrem resistência dos outros. Não desista, nem se desmotive. Use da resiliência!
Este último item me leva a mais um ponto relevante para entender como se insere a inovação no seu processo empreendedor.
Você deve pensar no quanto a sua forma de pensar influencia não só no trabalho mas também nas relações interpessoais.
Você provavelmente já percebeu que em seu meio existem pessoas de mentalidade fixa e outras de crescimento progressivo.
Sem discriminar ninguém, claro, um meio onde role a proatividade, perdoe o erro e estejam sempre dispostos a ajudar, será muito excitante profissionalmente para você.
Seja com um ou outro meio que você queira se relacionar mais fortemente, a escolha é sua. Agora só depende de você mesmo (a).
O resultado que você obterá com o tempo irá depender dessa decisão e da sua persistência.
Finalizo aqui afirmando: empreendedor você já é! Tenho certeza disso. Agora é com você!
Para saber mais sobre mindset e identificar ou fazer daqui para frente a sua opção, assista o vídeo que preparei para você aqui.
Vá em frente, sempre!!