Você domina alguma tática que mova um pouquinho essa agulha imaginária desse medidor de motivação que desenhei aqui?
Não sei se você concorda comigo, mas grande parte do nosso tempo sentimos nossa voz interior dizer que ainda não acertamos bem o alvo daqueles impulsos que mais nos motivam.
Hoje você e eu, vamos navegar por dentro do livro, Motivação 3.0 de Daniel Pink. Ele traz uma ótima reflexão para você e poderá contribuir para o seu crescimento pessoal e profissional.
Antes de tudo eu quero pedir que você se inscreva no blog, vale também complementar com a sua experiência pessoal ou discordar.
Bem, a motivação é aquele estímulo que toca a sua vontade de fazer as coisas. É o que faz você se mover para um objetivo.
Por que então Motivação 3.0?
Vamos começar pela motivação chamada 1.0 que era a que predominava no mundo perigoso dos nossos ancestrais. Ou seja, era tão fácil ser capturado por um predador que, naquela época, sobreviver era o motivo maior da existência.
Já a motivação 2.0 veio mais tarde, com a era industrial. Aqui já não bastava apenas viver para sobreviver. Iniciou-se um novo tipo de estímulo que era o das recompensas ou punições. Essa forma de levar as pessoas a produzirem é chamada de motivação extrínseca, que são estímulos que vem de fora de nós.
Havia, porém, uma armadilha neste modelo e que em muitas organizações ainda perdura. Como esse tipo de incentivo mira seletivamente recompensas no futuro, era também razão para muita insatisfação e ansiedade, além de esmagar a criatividade. E assim, pessoas foram enfeitiçadas por essa miragem á frente e isso culminou numa espécie de dependência.
Mas e a motivação diária? A satisfação com o nosso dia a dia?
Se o que toca a nossa motivação é uma satisfação transitória lá na frente eu já sabia que você iria me perguntar: Então, não posso fazer planos para o futuro que estarei negligenciando o presente?
Pode sim e é muito importante para você, veja:
A razão pela qual sofremos não é por ter planos de crescimento para o futuro, mas o de querer antecipar o futuro para alcançar felicidade no agora. É como se diz: o desejo fora de hora é que nos inferniza a vida.
Mas repare como vamos sair dessa:
Em 1949, apareceu um professor de psicologia chamado Harry Harlow que rompeu definitivamente com a motivação 2.0 ou a extrinseca.
Ele apresentou um problema mecânico relativamente simples a 8 macacos Rhesus. Acreditava que estes iriam levar vários dias para encontrar a solução. No entanto, os macacos compreenderam muito rápido o funcionamento do objeto. Logo resolveram o problema.
Veja que sacada do pesquisador
Mas perceba o que fez mudar o conceito sobre a motivação:
A sacada do pesquisador está no fato de perceber que os macacos haviam resolvido o enigma sem que fosse oferecido qualquer tipo de recompensa externa, como comida ou afeto. Claro que estou simplificando o estudo, mas assim, Harlow propôs uma nova teoria da motivação, que chamou de “motivação intrínseca”. Para ele, “os macacos resolviam os problemas pelo simples fato de acharem gratificante resolver enigmas. O prazer de o fazerem era a própria recompensa.”
O estudo vai mais longe, mas o pesquisador comprovou que o comportamento dos seres humanos não era comandado por motivações externas.
E a partir daí surgiu a motivação intrínseca, que Daniel Pink chamou de motivação 3.0 que tem menos a ver com compensações e mais com a satisfação e identificação com a própria atividade. Ou seja, vem muito mais de dentro de nós.
Parece um mistério, mas não é! É muito mais poderosa, pois é a motivação que movimenta os hormônios da emoção positiva e da sensação de prazer. Outros estudos têm mostrado que a motivação intrínseca ( ou 3.0) impulsiona o aumento do desempenho, a criatividade e até o bem-estar psicológico. E é nessa mina pouco explorada que a sua verdadeira riqueza e liberdade residem!
Quer uma forma de começar a desenvolver a motivação intrínseca?
Vá começando a concentrar a sua atenção e energia para perseguir o seu propósito de vida e de carreira. Este alinhamento entre o que você quer fazer e o que você quer se tornar é o lugar mais motivador para você estar. Não faz parte do livro mas você pode começar pequeno, adotando a atitude de se desenvolver apenas 1% ao dia, naquilo que você mais tenha paixão por se desenvolver e fazer.
Ao fim de cada dia, ou pela manhã, faça a si uma única pergunta que é: Fui melhor que ontem?
Não se puna se não conseguiu, há sempre tempo, mas repare que surpresa boa para você:
Com essa mentalidade (ou mindset), aquelas conquistas externas (como, dinheiro e reconhecimento) que trazem segurança e também bem-estar a você, serão agora consequência desta sua nova perspectiva.
Voltando ao livro, vamos garantir essa sua nova jornada rumo a motivação intrínseca ou 3.0, com mais três nutrientes, que são necessidades psicológicas inatas sua.
Quer ser avisado(a) de novos artigos? Cadastre em nossa Newsletter
Vamos lá:
1) Autonomia
Isso significa você identificar formas de ter mais liberdade em como você conduz o seu trabalho. Quando você consegue mais independência, passa a ter mais controle sobre suas escolhas em relação às tarefas que você realiza e ao tempo ( o momento) em que realiza e com quem você as faz. As pesquisas mostram que as empresas que proporcionam mais autonomia são as que obtêm maiores resultados e satisfazem mais aos seus colaboradores. Quanto mais autonomia, mais confiança você terá para desenvolver o seu crescimento pessoal e profissional.
2) Excelência
Conforme Daniel Pink: “Não é preciso ver o que alguém está fazendo para saber se a pessoa está na vocação correta. Basta observar seus olhos. Um cozinheiro preparando o molho, um cirurgião fazendo uma incisão, um mecânico regulando um motor. Todos têm a mesma expressão arrebatada, esquecendo a si mesmo quando em sua função”.
Então, não importa o que você escolheu para si como profissão. Se você se desafiar progressivamente atingirá um nível de excelência ideal que é um lugar a salvo entre o estresse e o tédio, que Mihaly chama de Fluxo. Assista o vídeo que fiz para você denominado Flow, ficará muito mais fácil compreender qual é o estado de equilíbrio mais adequado a você.
3) Propósito
Os dois pilares do tripé que são autonomia e excelência no que você faz, são essenciais, mas, para o equilíbrio apropriado, precisamos de um terceiro ponto de apoio que é o propósito.
Pessoas autônomas com excelência atuam em nível muito alto em suas profissões, mas aqueles que agem a serviço de um propósito maior podem atingir ainda mais.
É como diz Daniel Pink: “Estamos destinados, como seres humanos, a ser ativos e engajados. Sabemos que as experiências mais ricas da vida não ocorrem quando estamos esperando pela validação dos outros, mas quando estamos ouvindo nossa voz, fazendo algo que importa, fazendo-o bem e, fazendo-o a serviço de uma causa maior.”
Vá em frente!!