Será que você que me lê agora foi uma das pessoas que comentou aqui no canal, dizendo:
“Puxa, como aumentar a empatia, se ser mais empático é ser capaz de prever como uma pessoa reagirá em determinada situação?
Sem dúvida, eu estaria bem melhor se conseguisse mais empatia com as pessoas”.
Mas eu não sei ser assim.
Bem essa questão me intrigou muito e agora tenho uma surpresa boa para você.
O prof. Paul Zak, autor do livro A Molécula da Moralidade identificou que há um hormônio, responsável por desenvolver a confiança e a empatia entre as pessoas.
É uma química, uma espécie de ‘cola’ que une pessoas, famílias e sociedades.
Mas será que a ciência finalmente tornou tudo mais fácil para você desenvolver a tão sonhada empatia?
De certa forma sim.
Mas não basta afirmar isso.
Pode parecer que a solução estaria – a partir de agora – disponível em qualquer farmácia.
Mas não é assim. Embora a medicina já conhecesse a tal molécula, jamais o utilizou para os fins de melhorar os níveis de empatia das pessoas.
Esse hormônio é uma droga tida como tímida e se, caso fosse ingerida ou aspirada sumiria do sangue em questão de minutos.
Como todos sabemos para conquistar tudo o que se quer, precisamos transformar o nosso combustível natural, que é a nossa energia, em ações, não será diferente nesse caso.
Assim, precisaremos dispender algum esforço.
Então, se não é uma poção artificial que irá resolver, o que então fará você ter mais empatia e enriquecer suas relações?
Bem, então vamos lá! Paul Zak avaliou muitas pessoas em suas relações sociais e experiências variadas.
Qual a forma que o cientista usou para medir essa molécula?
Ele examinou as substâncias químicas no sangue de inúmeras pessoas enquanto elas se submetiam a situações, como:
- Noivos nos casamentos;
- Atletas em práticas esportivas em que se necessitava de muita confiança no outro;
- Pessoas das mais variadas em negociações e atuações críticas em geral.
E a conclusão foi surpreendente, veja:
Na medida em que as pessoas passavam por essas experiências havia um hormônio chamado oxitocina que variava no sangue.
E repare que química sutil e elegante é essa tal de oxitocina.
Ele concluiu que ela é que produz sentimentos confiança cooperação entre as pessoas.
Mais que isso: É ela que conecta as pessoas. Torna-as mais empáticas e morais.
E agora você já percebeu que essa droguinha é natural e é mágica!!
E você pode imaginar que:
Se nossos cérebros funcionam como laboratórios produzindo minúsculas doses dessa química poderosa, esta pode estar, em alguns momentos presente em você e em outros, faltando em você.
E eu não acharia nada estranho se você me perguntasse agora:
“Se para ter empatia, confiança nas pessoas, dependo da presença desse hormônio em meu sangue, que culpa tenho eu de não ter conseguido ser tão empático até aqui”?
E você estaria coberto de razão.
Baseado em nossas nossas crenças fixas do passado, acreditávamos que as pessoas nasciam empáticas ou antipáticas e estariam condenadas a serem assim para o resto de suas vidas.
Não resistimos a alguém empático
Fomos condicionados a esperar que os outros tentem nos persuadir a fazer algo ou acreditar em algo pelos motivos deles, não os nossos.
Então quando nos deparamos com pessoas que demonstram empatia sincera conosco, não conseguimos evitar de sermos receptivos.
Então você concorda comigo que se usado para o bem, ter empatia é se empoderar.
Mas não nos ensinaram muito sobre “o que fazer e como fazer” para termos domínio sobre essa competência essencial.
Bem, mas agora a boa ciência vem para nos nos ajudar.
Eu ja havia mostrado no video “Qual o seu Mindset” que você não precisa sucumbir ao determinismo.
A realidade que está aí, não obrigatoriamente, deve nos tornar como estátuas imutáveis indefinidamente.
Agora você deve estar desejando saber um pouco mais sobre o que fazer para que esses micro laboratórios cerebrais funcionem a seu favor, não é?
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Vamos seguir:
Antes você precisa conhecer esse experimento notável.
Grupos de voluntários foram convidados a participarem de uma experiência que o professor chamou ‘Jogo da Confiança’.
Funcionava assim:
O jogador 1 recebia 10 dólares.
Ele poderia ficar com todo o dinheiro e tudo bem.
Mas ele poderia também doar tudo ou uma parte para o jogador 2.
O valor enviado, no entanto, seria triplicado.
Deste modo, se o jogador 1 doasse 2 dólares, digamos, o jogador 2 receberia 6 dólares.
O jogador 2 teria, então, a opção de devolver ou não qualquer quantia ao jogador 1.
A análise sanguínea dos jogadores demonstrou algo revelador:
Quanto maior era a transferência de valores entre os jogadores, quanto mais trocas havia entre eles, maior era o aumento nos níveis de oxitocina no sangue.
Percebeu?
A liberação da oxitocina está diretamente relacionada com comportamentos generosos, altruístas e transparentes entre as pessoas.
Puxa, então se é a sua biologia que, na verdade, tem a maior influência sobre o seu e o meu comportamento, o que podemos fazer para produzir mais e mais oxitocina e ter uma vida melhor?
Nem todos nós fomos ensinados a lidar bem com nossos sentimentos imagine com os dos outros.
Achamos que sabemos. Mas não é bem assim.
Essa capacidade – que é a de expressá-los adequadamente ou bem compreendê-los nos outros– é uma competência social essencial.
Isso porque para o bem ou para o mal as emoções são contagiosas.
Veja o que os testes revelaram
Se você desenvolve ou procura estar em ambientes em que há relações de confiança, amistosos, amplia-se a relação de empatia entre as pessoas.
Você se torna automaticamente mais empático.
E autor revela a fórmula para você numa simples frase:
“Você deve interagir mais e mais com as pessoas de forma positiva. Tenha atos conscientes de gentileza e generosidade com elas”.
Vamos ser ainda mais práticos:
se alguém se importa conosco, ou melhor dizendo, se você se preocupa com alguém, é muito provável que esse alguém também irá se importar com você.
Não faz parte deste livro, mas cá entre nós, quanto mais você se preocupa com os problemas ou preocupações de alguém, mais essa pessoa se importará com você.
É aí você já percebeu que estamos falando também do poder da reciprocidade se revelando entre as pessoas.
E que é um dos seis mais poderosos estímulos mentais da persuasão e influência.
Portanto, pessoas sinceramente generosas são também mais empáticas, e a empatia é outro elemento poderoso da persuasão.
Sobre esse tema da Persuasão e Influência eu fiz um curso para você totalmente online.
Não tenho dúvidas da importância dessa competência para melhorar ainda mais o seu desempenho em qualquer que seja a sua profissão.
Vale a pena. Vá além e se ajude mais.
Passe mais tempo com pessoas positivas e bem-sucedidas.
Comece a estender o comprimento da sua onda de energia no trabalho, na escola ou na família.
Haverá sempre uma forma de você se envolver de modo contributivo, ajudando o outro a espelhar você positivamente.
Não aceite a falsa crença de que o mundo é assim mesmo e que você não possa mudar as suas relações para melhor.
Lembra que falei de que nos precisamos usar nossa energia para ação?
Pois é, interfira de forma colaborativa, comprometida e transparente.
Explore em si o depositar mais a sua confiança em alguém.
Estenda a sua luz.
Alcance mais alguém que até então, estava fora do seu radar de atenção.
Aposte mais nisso e veja o resultado que você terá.
E eu volto ao prof. Paul Zak, que deixa mais duas pistas para você:
“Descobrimos que quem produz mais a oxitocina é também mais feliz e têm melhores relacionamentos”.
“Organizações com alto nível de confiança prosperam mais que as outras”.
É dessa forma que você estimulará o seu cérebro a libertar a química da oxitocina, e sentir o que essa espécie de seu gênio da lâmpada pode empoderar você.
E a você não resta culpa alguma pela falta de empatia, por esse gênio ter estado, até aqui, condenado a escuridão pela influência de nossas crenças passadas.
Liberte-o para que empodere você. Você pode!
Vá em frente!!