Veja com quem você deve trabalhar e se associar ao iniciar este ano novo.
Daniel Gilbert fez um estudo em Harvard, em que perguntava se as pessoas achavam que mudaram de 20 anos para cá.
Todas disseram que sim. A maioria achava que havia mudado.
Porém havia uma 2ª. pergunta:
Nesta ele queria saber o quanto elas achavam que iriam mudar daqui para frente, nos próximos anos.
E para a sua surpresa, as pessoas demonstraram que não irão mudar muito nos próximos anos.
Claro que a tecnologia, a arte, a moda, as cidades e tudo o mais, continuarão a mudar.
Mas veja que curioso:
Apesar de tudo, as pessoas acham que permanecerão as mesmas viajando no tempo daqui para frente.
Não quero hoje falar de empresas, mas de pessoas.
Porém, desde 1990 quando as telecomunicações foram privatizadas eu comecei a ser convocado para transformar empresas.
Eram, sobretudo, aquelas que queriam uma mudança rápida em seus paradigmas.
E o que percebi era exatamente o que essa pesquisa mostra.
As empresas mudavam seus prédios, suas infraestruturas, suas tecnologias, mas o mais desafiador, o mais difícil para nós, era mesmo mudar as pessoas.
Claro que eu não posso generalizar.
A questão que trago para você refletir é a de que você pouco pode mudar as pessoas que rodeiam você.
Percebi ao longo do tempo, lidando com pessoas em muitos níveis hierárquicos, que as mudanças só podem vir de dentro para fora delas.
Nem pressão, nem argumentos racionais funcionam quando ainda não é o momento delas.
Que isso só pode acontecer, quando há conscientização e aí, se engajam mesmo nos processos de mudança.
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O que fazer então se é muito difícil mudar as pessoas?
E aqui quero recorrer a uma pergunta de Rolf Dobelli em seu livro “Como pensar e viver melhor”, adaptando-a para este post:
Você quer viver melhor em 2020?
E vou responder com um papo reto como dizem os jovens.
Vamos lá:
Evite o que puder entrar quaisquer situações em que: para concretizar o seu objetivo – você precise modificar a natureza das pessoas.
Isso poupará muitos prejuízos e decepções.
Procure se associar ou trabalhar com quem você se identifica e confia.
Sei que não é simples e nem sempre é possível logo de cara, mas vá ajustando essa conduta a sua vida.
Priorize e pacifique com você mesmo (a) essa sua preferência.
Como você fará?
Claro que cada caso será um caso, mas o que levei tempo para aprender é que eu precisava abandonar a doce ilusão de que transformaria outros a meu modo.
Às vezes, negligenciamos essa regra simples da identidade com o outro, da magia que há em alinhar interesses e objetivos na mesma direção.
Voltando as empresas, pessoas dão mais certo quando os desafios são constantes e conflitos são mínimos.
Em última instância, Dobelli recomenda a você que passe a adotar uma atitude muito comum das pessoas mais sábias.
Em percebendo grandes diferenças de princípios, de temperamentos e de objetivos que – recorrentemente – exijam de você capital de tempo e energia para mudar pessoas, pense em construir uma saída assim:
Evite todo ou qualquer conflito, e com vagar e em paz, vá desenvolvendo formas de se afastar daquelas pessoas que são venenos psicológicos para você.
Tudo vai se desenvolver mais rápido e melhor quando identidade e expectativas se ajustam.
Mas, deve ser uma decisão bem pensada, ok?
Ótimo 2020 para você.
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