Você já percebeu que um dos caminhos para ser bem sucedido na vida e na carreira é: ter bons relacionamentos, integridade e confiança para persuadir e influenciar os outros. Mas, será que a sua voz influencia na sua persuasão?

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Bem desta vez vamos falar do quanto sua voz ajuda você. É uma pena que muitas vezes sequer ouvimos a nós mesmos. Se nossa voz nos define, precisamos estar atentos a aquilo que é o nosso “cartão de visitas”.

Não quero que você entenda que estou sugerindo adotar as boas técnicas da voz de um locutor. Nada disso!

Mas, você se apresenta e se mostra pelas suas palavras e frases, o tom e o ritmo da voz e as pausas. Elas demonstram suas convicções, valores, sentimentos, etc.

Pela voz, julgamos se o outro é arrogante, nervoso, fraco ou forte.

Então, o que sua voz ajudará na sua capacidade de Influenciar o outro?

Bem, as vozes mais eficazes são as descontraídas, acessíveis e flexíveis. Deve ter diferentes tons, ritmos e níveis de intensidade. Sua voz conectará você com seu público ou desligará você deles. Isso acontece em nível subconsciente. Como as pessoas dificilmente darão este feedback, você precisa conhecer melhor sua voz.

Se você parecer inseguro e tímido, a sua capacidade de influenciar irá diminuir. As vozes influentes têm um volume calmante, ênfases variadas, boa articulação e um tom agradável.

As palavras que você usa afetam atitudes, crenças e emoções.

Você deve perceber que há pessoas que articulam bem as palavras, mas ferem nosso ouvido pelo tom alto demais.

Quanto mais você aprender sobre sua fluência verbal, mais as técnicas persuasivas utilizadas por você terão eficácia.

Assim, esteja atento ao que sua voz e suas palavras causam nos pensamentos, sentimentos e reações dos outros.

Para ter uma fluência verbal eficaz, analise os seguintes aspectos críticos da sua voz:

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Ritmo

É o quão rápido você fala. Os discursos com velocidades mais rápidas são avaliados como mais influentes do que as velocidades lentas ou mesmo moderadas, porque quem fala mais rápido parece conhecer mais daquilo que fala.

Mas, se o seu ritmo é sempre rápido sem variações, você pode ser julgado como menos sincero e mais centrado em si mesmo, não importando se o outro o compreende. Pode acelerar o seu ritmo quando quiser criar emoção e energia ou torne mais grave a voz se quiser produzir a reflexão no outro.

Veja: estamos falando de equilíbrio em variar o ritmo para que as pessoas não se tornem tensas por seguir uma “máquina” que fala pelos cotovelos, nem se sintam desinteressadas pela monotonia de um ritmo que não muda.

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Recheios vocais

Você pode estar produzindo estes “ruídos” e provavelmente não sabe. A maioria usa de recheios vocais e não vê como um problema. Mas, a maioria de nós está errada. As pessoas violam esta regra. Estou falando do uso comum “uhm”, “er” ou mesmo “você sabe”. Outros podem dizer “Ok” ou “cara” no final de cada frase, como se estivessem verificando se você ainda estava ouvindo.

Altura e inflexão

Qual é a diferença entre altura e inflexão? Altura é o nível da sua frequência de voz, que pode ser baixo ou alto. Quando você tem um tom alto, você pode ser julgado como nervoso ou excitado. Uma voz mais baixa passa impressão de mais confiança, sinceridade. Altura da voz é a primeiro julgamento que fazemos das pessoas quando decidimos se a voz é agradável ou irritante.

Mas lembre-se: uma voz baixiiinhaaa e sem variações pode passar monotonia. Então você deve variar fazendo inflexões. É quando faz alterações no tom da sua voz. Você notará que pessoas influentes usam bastante a inflexão em suas vozes para mostrar confiança e autoridade. Assim, no final de suas frases, eles geralmente diminuirão. Já a maioria das pessoas, quando não estão confiantes tendem a aumentar a inflexão da voz no final de suas frases.

Ouça sua voz no seu gravador

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Sabendo de que você passa sentimentos e modos pelo do uso da sua voz, é uma ótima ideia gravar e ouvir… Como se você estivesse assistindo você mesmo. Eu me lembro de quando assumi pela primeira vez a diretoria de uma empresa de telecom. Fui empossado pela manhã e à tarde a imprensa já estava na porta. Dei a minha primeira entrevista. Bem, não gostei nada do que vi depois. Era tanto, “uhm” “né”, “tá”, que são os recheios vocais. Foi doloroso eu mesmo me ouvir. Mas valeu a pena para me conscientizar das falhas e melhorar para as próximas que viriam!

Use o gravador para observar a sua mensagem, o seu tom, seu ritmo e sua articulação. Veja que importante: a  variedade vocal capta e mantém a atenção dos outros.

Mas aqui estamos falando de persuasão e não cabe aprofundar sobre as nuances da sua voz, embora seja muito importante você sempre melhorar para ajudar você no persuadir e influenciar.

Finalizando, pergunto: você que se relaciona o tempo todo com pessoas: o que sua voz projeta? Se você não gosta de como você soa, respire fundo e encontre uma solução. Fique tranquilo porque é comum não se gostar da própria voz.

Mas identifique certos pontos específicos que você não gosta. Não tenha uma reação brusca do tipo: “não gosto de nada da minha voz”. Descubra os aspectos exatos que você gostaria de mudar, então, mude um passo de cada vez. Repito, um gravador digital como o que há no seu smartphone pode ser seu melhor treinador. Claro que em casos extremos ouvir um fonoaudiólogo sempre será uma decisão. O importante é que você se conscientize do valor e importância da sua voz.

Ah, guarde as gravações para acompanhar a sua evolução, ok? Será muito rápida.

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Vá em frente!

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